Quilombola é uma concretização das conquistas da
comunidade afro descendente no Brasil, fruto das várias e heroicas resistências
ao modelo escravagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do
reconhecimento dessa injustiça histórica. Embora continue presente perpassando
as relações socioculturais da sociedade brasileira, enquanto sistema, o
escravagista vigorou até 1888 e foi responsável pela entrada de mais de 3,5
milhões de homens e mulheres prisioneiros oriundos do continente africano –
embora haja discrepância entre as estimativas apresentadas, Sérgio Buarque de
Holanda faz uma análise das mesmas considerando este um
número sensato. Além de oriundos dos antigos quilombos de escravos refugiados é
importante lembrar que muitas das comunidades foram estabelecidas em terras
oriundas de heranças, doações, pagamento em troca de serviços prestados ou
compra de terras, tanto durante a vigência do sistema escravocrata quanto após
sua abolição.
Os remanescentes de quilombo são definidos como grupos
étnico-raciais que tenham também uma trajetória histórica própria, dotado de
relações territoriais específicas, com presunção de
ancestralidade negra relacionada
com a resistência à opressão histórica
sofrida, e sua caracterização deve ser dada segundo critérios de auto-
atribuição atestada pelas próprias comunidades.
A chamada comunidade remanescente de quilombo é uma
categoria social relativamente recente, representa uma força social relevante
no meio rural brasileiro, dando nova tradução àquilo que era conhecido como
comunidades negras rurais (mais ao centro, sul e sudeste do país) e terras de
preto (mais ao norte e nordeste), que também começa a penetrar ao meio urbano,
dando nova tradução a um leque variado de situações que vão desde antigas
comunidades negras rurais atingidas pela expansão dos perímetros urbanos até
bairros no entorno dos terreiros de candomblé.
Atualmente, há mais de 2 mil comunidades quilombolas
no país2, lutando pelo direito de propriedade de suas terras
consagrado pela Constituição Federal desde 1988.
No Rio Grande do Norte nós temos 68 comunidades
remanescentes de quilombolas.
O Incra, até agosto de 2010, reconhecia 104
Territórios Quilombolas com títulos expedidos em 14 estados da federação, os
quais contemplam 183 comunidades e mais de 11.500 famílias, abrangendo mais de
970 mil hectares.
ESSA É NOSSA PORTALEGRE:
DANÇA DE SÃO GONÇALO
DANÇA DE CAPOEIRA INFANTIL
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