sexta-feira, 11 de outubro de 2013

COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLAS


  Quilombola é uma concretização das conquistas da comunidade afro descendente no Brasil, fruto das várias e heroicas resistências ao modelo escravagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do reconhecimento dessa injustiça histórica. Embora continue presente perpassando as relações socioculturais da sociedade brasileira, enquanto sistema, o escravagista vigorou até 1888 e foi responsável pela entrada de mais de 3,5 milhões de homens e mulheres prisioneiros oriundos do continente africano – embora haja discrepância entre as estimativas apresentadas, Sérgio Buarque de Holanda faz uma análise das mesmas considerando este um número sensato. Além de oriundos dos antigos quilombos de escravos refugiados é importante lembrar que muitas das comunidades foram estabelecidas em terras oriundas de heranças, doações, pagamento em troca de serviços prestados ou compra de terras, tanto durante a vigência do sistema escravocrata quanto após sua abolição.

  Os remanescentes de quilombo são definidos como grupos étnico-raciais que tenham também uma trajetória histórica própria, dotado de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida, e sua caracterização deve ser dada segundo critérios de auto- atribuição atestada pelas próprias comunidades.

 A chamada comunidade remanescente de quilombo é uma categoria social relativamente recente, representa uma força social relevante no meio rural brasileiro, dando nova tradução àquilo que era conhecido como comunidades negras rurais (mais ao centro, sul e sudeste do país) e terras de preto (mais ao norte e nordeste), que também começa a penetrar ao meio urbano, dando nova tradução a um leque variado de situações que vão desde antigas comunidades negras rurais atingidas pela expansão dos perímetros urbanos até bairros no entorno dos terreiros de candomblé. 
   
   Atualmente, há mais de 2 mil comunidades quilombolas no país2, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.
No Rio Grande do Norte nós temos 68 comunidades remanescentes de quilombolas.
O Incra, até agosto de 2010, reconhecia 104 Territórios Quilombolas com títulos expedidos em 14 estados da federação, os quais contemplam 183 comunidades e mais de 11.500 famílias, abrangendo mais de 970 mil hectares.

ESSA É NOSSA PORTALEGRE:

DANÇA DE SÃO GONÇALO








DANÇA DE CAPOEIRA INFANTIL





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